Estudo I - A influência da atividade física nas queixas de memória, sintomas de depressão e ansiedade em idosos. Estudo II - Depressão e funcionamento cognitivo em idosos institucionalizados

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2014
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Resumo
I - A prática regular de atividade física apresenta benefícios ao nível da memória, sintomas de depressão e de ansiedade em indivíduos idosos. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo principal a comparação entre idosos ativos e inativos ao nível das queixas de memória, da presença de sintomatologia depressiva e da ansiedade. Mais especificamente, esta comparação é feita por sexo, escolaridade, hábitos de leitura e estado civil. A amostra é constituída por 68 participantes: 34 idosos praticantes de atividade física e 34 idosos inativos. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Queixas Subjetivas de Memória (EQSM), a Escala Geriátrica de Depressão (EGD) e o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI). Os resultados evidenciam os idosos que praticam atividade física apresentam menos queixas de memória (p = .001), de sintomatologia depressiva (p = .001) e de ansiedade (p = .001), não se registando diferenças entre sexos, por nível de escolaridade, hábitos de leitura e estado civil, apesar de se destacar um efeito estatístico de moderado a elevado em algumas destas variáveis. A atividade física parece estar associada a um melhor funcionamento cognitivo e aos baixos níveis de depressão e ansiedade. II - A atividade física é benéfica ao nível do funcionamento cognitivo e na prevenção e/ou atenuação de sintomas depressivos, quer em idosos com doença de Alzheimer, quer em idosos saudáveis. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo comparar dois grupos, grupo de idosos com doença de Alzheimer e grupo de idosos sem doenças neurodegenerativas, por sexo e por nível de atividade física quanto à presença de sintomas depressivos e ao funcionamento cognitivo. A amostra contou com 30 idosos, divididos em dois grupos: 15 idosos com doença de Alzheimer e 15 idosos sem doenças neurodegenerativas. Os instrumentos utilizados foram a Escala Geriátrica de Depressão (EGD) e o Mini Exame de Estado Mental (MEEM). Os resultados revelaram que os idosos com doença de Alzheimer apresentam um maior comprometimento das capacidades cognitivas (p = .001) e maior incidência de sintomas depressivos (p = .001), comparativamente aos idosos sem doenças neurodegenerativas, não se registando diferenças significativas entre sexos (p > .05). Averiguou-se, ainda que, os idosos ativos apresentaram melhores índices de preservação das capacidades cognitivas (p = .001) e da menor incidência de sintomas depressivos (p = .001). A doença de Alzheimer, que se apresenta associada à redução das capacidades cognitivas e ao aumento dos sintomas depressivos, e o nível de atividade física parece influenciar, significativamente, o desempenho cognitivo e a presença de sintomas depressivos em idosos com e sem demência.
I - Regular physical activity has benefits in terms of memory, depression and anxiety symptoms in elderly. In this sense, the present study aims to compare active and inactive elderly in terms of memory complaints, depressive symptoms and anxiety. More specifically, this comparison is made by gender, education, reading habits and marital status. The sample consisted of 68 participants: 34 physically active elderly and 34 inactive elderly. The instruments used were the Scale of Subjective Memory Complaints (EQSM), the Geriatric Depression Scale (GDS) and the Beck Anxiety Inventory (BAI). The results show that the elderly are physically active have less memory complaints (p = .001), depressive symptoms (p = .001) and anxiety (p = .001) without evidence of differences by sex, level of education, reading habits and marital status, although they emphasize a moderate to high statistical effect in some of these variables. Physical activity appears to be associated with better cognitive functioning and low levels of depression and anxiety. II - Physical activity show benefits on cognitive function and on prevention and/or treatment of depression in older adults with Alzheimer disease and on healthy ones. So, the purpose of this study was to compare cognitive function and depressive symptoms in two groups: group of older adults with Alzheimer disease and group of older adults without neurodegenerative diseases, by sex and level of physical activity. The sample was 30 participants divided in two groups: 15 participants with Alzheimer disease and 15 participants without neurodegenerative diseases. As instruments, were used Geriatric Depression Scale (GDS) and Mini Mental State Examination (MMSE). The results revealed that the elderly with Alzheimer disease exhibit a bigger impairment of cognitive skills (p = .001) and a higher incidence of depressive symptoms (p = .001), compared to elderly without neurodegenerative diseases, with no differences between sex (p > .05). It was also found that active elderly had higher scores in cognitive abilities (p = .001) and lower incidence of depression (p = .001). It seems that Alzheimer disease, typically associated to cognitive abilities decline and incidence of depressive symptoms, and physical activity influence cognitive performance and depressive symptoms in older people with Alzheimer disease and without dementia.
Descrição
Dissertação de Mestrado em Psicologia, Especialização em Psicologia Clínica
Palavras-chave
Atividade física , Idosos , Sexo , Escolaridade , Hábitos de leitura , Memória , Depressão , Ansiedade
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