A qualidade de vida dos cuidadores de crianças com paralisia cerebral

Data
2014
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Resumo
A existência de uma criança com paralisia cerebral no seio de uma família transforma a dinâmica das suas rotinas da vida diária, assim como a qualidade de vida dos seus cuidadores. O que inicialmente pode ser considerado uma responsabilidade temporária, passa a constituir uma ocupação permanente e exigente, podendo despoletar um quadro de desgaste físico e psicológico. Nesse sentido, o presente estudo teve como principal objetivo verificar a influência das variáveis sociodemográficas e do nível da função motora global das crianças com paralisia cerebral na qualidade de vida dos seus cuidadores. A investigação integrou 85 cuidadores de crianças portadoras de paralisia cerebal, com idades entre os 26 e os 75 anos, na sua maioria do género feminino e que frequentam a Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real. Para avaliar a sua qualidade de vida, foram aplicados o inquérito World Heath Organization Quality of Life Bref e a escala Gros Motor Function Classification System para validar a função motora global das crianças com paralisia cerebral. Os dados recolhidos foram tratados através de procedimentos estatísticos (descritivos e inferenciais), nomeadamente da Anova (comparação da qualidade de vida dos cuidadores em relação à função motora global das crianças com paralisia cerebral). De igual modo, é de ressalvar que o coeficiente de correlação de Pearson foi fundamental para selecionar as variáveis para o modelo de regressão linear simples e múltipla. De forma geral, os resultados não apontam diferenças estatisticamente significativas entre a qualidade de vida e a função motora global das crianças com paralisia cerebral. Apenas as variáveis sociodemográficas, como a distância entre a habitação e a Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real e o estar doente parecem influenciar a qualidade de vida dos cuidadores, pelo que podemos concluir que a maioria apresenta-se razoavelmente satisfeita com a sua qualidade de vida.
The existence of a child with cerebral palsy in a family transforms the dynamics of daily life’ routines, as well as the quality of life of caregivers. What may initially be considered a temporary responsibility becomes a continuous and demanding occupation that may trigger a scene of physical and psychological wear. In this sense, the aim of the present study is to check out the influence of sociodemographic variables and the level of motor function of children with cerebral palsy on the quality of life of their caregivers. The research includes 85 caregivers of children with cerebral palsy , aged between 26 and 75 years, mostly female and attending the Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real. To assess their quality of life, it was applied the World Heath Organization Quality of Life Bref and the Scale Gross Motor Function Classification System to validate the gross motor function of children with cerebral palsy were applied. The data collected were processed using statistical procedures (descriptive and inferential), namely the ANOVA (comparison of the quality of life of caregivers due to the global motor function of children with cerebral palsy). Likewise, it must be pointed out that the correlation coefficient of Pearson was critical to select variables for the model of simple and multiple linear regression. Overall, the results do not show statistically significant differences between quality of life and global motor function of children with cerebral palsy. Only sociodemographic variables, such as distance between the housing and the Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real and being sick seem to influence the quality of life of caregivers, so we can conclude that the majority presents a reasonably satisfied with their quality of life.
Descrição
Dissertação de Mestrado em Educação Física, Especialização em Desenvolvimento da Criança
Palavras-chave
Qualidade de vida , Cuidadores , Paralisia cerebral
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