Adulteration of foods from animal origin: consumer perception about food labelling and Spectroscopic methods for detection of fresh food adulteration

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Consumers have become more and more demanding in their meat and fish consumption, in terms of quality, safety, and the origin of the products they consume. Today, consumers attribute great value to the information on food labels, this is, the indication of the ingredients and about the production processes applied to the final product. The identification and authentication of food have an important role in the healthy diet of consumers. There is a need to develop fast and efficient techniques to detect food adulteration and reestablish consumer confidence in food manufacturers. There is an increasing interest in methods based on spectroscopic techniques, because they offer several advantages, this is, and they are powerful tools for conducting adulteration tests. One of the objectives of this study was not only to identify important labelling aspects that consumers would examine at the time of purchasing, but also to determine opinions and the knowledge about adulteration of food products. To understand the usefulness of the information provided for consumers, a survey was carried out to assess the efficacy of the information presented in food labelling. The Kruskal-Wallis and Spearman test and descriptive analytical tools were used to analyse data. Principal Component Analysis (PCA) was performed to obtain a smaller number of uncorrelated factors regarding the usefulness of food labelling, regarding the confidence of information displayed in food label and perception of food fraud. Results showed consumers usually do not read food labels due to lack of time and excessive information. Additionally, food labelling was observed to be more useful for specific consumer groups, such as, athletes, consumers with health conditions or consumers concerned with a healthy lifestyle. The respondents consider that information displayed in food label is useful, but the way the information is presented may decrease the consumer interest. The level of education, a healthy lifestyle, and practising sport were factors which influenced the opinion of consumers regarding food labelling. Regarding respondents´ confidence on foodstuffs, over half of them stated that information provided in food label is reliable. However, a lack of confidence on food composition is observed in those processed foodstuffs such as meat products. Food fraud is recognized by over half of respondents with a higher perception of those practices that implies a risk to public health than those related to economic motivation. Age and consumers’ education revealed the most important socio-demographic factors regarding food label perception, confidence on its information and also knowledge about food fraud. The results of the present study highlight the need of information campaigns by public health authorities to show the importance and advantages of reading food labels as well as ensuring food labels with essential information which are not only quickly and clearly seen but also understood by consumers. Thus, implementation of education programs to increase consumer knowledge about food labelling and fraud is essential. Since scarce research is available about consumer perceptions about food label information and food fraud, the respondents´ perceptions observed in the current work could be used as guidelines by food industry to improve food label design to enhance the consumer understand and usefulness. The potential of the Fourier transform infrared spectroscopy (FTIR) in tandem with chemometric methods such as PCA, Partial Least Squares Regression (PLS-R) and Partial Least Squares Discriminant Analysis (PLS-DA) in detecting the presence/absence of adulteration of fallow deer meat (Dama dama) (D) with goat meat (Capra aegagrus hircus) (G) and Atlantic salmon (SS) with Onconrhynchus mykiss (OM) was studied not only for fresh samples but also for samples stored for different storage periods. The PCA model was able to describe the studied adulteration by using four principal components with a variance of 95%. PCA showed that the absorbance in the spectral region from 1138 to 1180, 1314 to 1477,1535 to 1556 and from 1728 to 1759 cm-1 may have been attributed to biochemical fingerprints related to adulteration used in the differentiation of fallow deer and goat meat. Furthermore, the absorbance in the spectral region of 721, 1097, 1370, 1464, 1655, 2805 to 2935, 3009 cm-1 may have been attributed to biochemical fingerprints related to adulteration and used in the differentiation of the SS and OM. The PLS-DA and PLS-R model predicted the presence/absence of adulteration in meat and fish samples of an external set with high accuracy.
Os consumidores tornaram-se cada vez mais exigentes com o consumo de carne e peixe, em termos de qualidade, segurança e origem dos produtos. Atualmente, os consumidores atribuem elevado valor à informação nos rótulos dos alimentos, nomeadamente indicação dos ingredientes e processos de produção. A identificação e autenticação de alimentos têm um papel importante na dieta saudável dos consumidores. Existe a necessidade de desenvolver técnicas rápidas e eficientes para detetar a adulteração de alimentos e restabelecer a confiança do consumidor na indústria agroalimentar. Há um interesse crescente em métodos baseados em técnicas espectroscópicas, pois oferecem várias vantagens, ou seja, são ferramentas poderosas para a realização de testes de adulteração. Um dos objetivos deste estudo não foi apenas identificar aspetos importantes de rotulagem que os consumidores examinariam no momento da compra, mas também determinar opiniões e o conhecimento sobre a adulteração de produtos alimentícios. Para entender a utilidade das informações fornecidas aos consumidores, foi realizada um inquérito para avaliar a eficácia das informações apresentadas na rotulagem dos alimentos. Os testes Kruskal-Wallis, Spearman, análise de componentes principais (PCA) e ferramentas analíticas descritivas foram utilizados para analisar os dados. O nível de escolaridade, o estilo de vida saudável e a prática desportiva foram fatores que influenciaram a opinião dos consumidores em relação à rotulagem dos alimentos. Os resultados mostraram que os consumidores geralmente não leem os rótulos dos alimentos devido à falta de tempo e excesso de informações. Além disso, observou-se que a rotulagem de alimentos é mais útil para grupos de consumidores específicos, como atletas, consumidores com condições de saúde ou consumidores preocupados com um estilo de vida saudável. Os inquiridos consideram que a informação exibida no rótulo dos alimentos é útil, mas a forma como a informação é apresentada pode diminuir o interesse do consumidor. O nível de escolaridade, o estilo de vida saudável e a prática esportiva foram fatores que influenciaram a opinião dos consumidores em relação à rotulagem dos alimentos. Quanto à confiança dos inquiridos, mais da metade afirmou que as informações fornecidas no rótulo dos alimentos são confiáveis. No entanto, a falta de confiança na composição dos alimentos é observada nos alimentos processados, como nos produtos à base de carne. A fraude alimentar é reconhecida por mais da metade dos inquiridos com maior perceção daquelas práticas que implicam risco à saúde pública do que aquelas relacionadas com a motivação económica. A idade e a educação dos consumidores revelaram os fatores sociodemográficos mais importantes em relação à perceção do rótulo de alimentos, confiança em suas informações e também conhecimento sobre fraude alimentar. Os resultados do presente estudo destacam a necessidade de campanhas de informação das autoridades de saúde pública para mostrar a importância e as vantagens da leitura dos rótulos dos alimentos, bem como garantir rótulos de alimentos com informações essenciais que não só são vistas rápida e claramente, mas também compreendidas pelos consumidores. Assim, a implementação de programas de educação para aumentar o conhecimento do consumidor sobre rotulagem de alimentos e fraude é essencial. Existem poucas pesquisas sobre as perceções dos consumidores sobre informações de rótulos de alimentos e fraude alimentar. As perceções dos entrevistados que foram observadas no trabalho atual poderiam ser usadas como diretrizes pela indústria de alimentos para melhorar o design de rótulos para melhorar a compreensão e utilidade do consumidor. O potencial da espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier em conjunto com métodos quimiométricos como o PCA, Regressão Parciais de Mínimos Quadrados (PLS-R) e Análise Discriminante de Mínimos Quadrados Parciais (PLS-DA) na deteção da presença ausência de adulteração de carne de gamo (Dama dama) (D) com carne de caprino (Capra aegagrus hircus) (G) e salmão do Atlântico (SS) com Onconrhynchus mykiss (OM) foi estudado não apenas para amostras frescas, mas também para amostras armazenadas para diferentes períodos de armazenamento. O modelo PCA foi capaz de descrever a adulteração estudada usando quatro componentes principais com uma variância de 95%. A PCA mostrou que a absorbância na região espectral de 1138 a 1180, 1314 a 1477, 1535 a 1556 e de 1728 a 1759 cm-1 pode ter sido atribuída a impressões bioquímicas relacionadas à adulteração utilizada na diferenciação de gamos e carne de caprino. Além disso, a absorbância na região espectral de 721, 1097, 1370, 1464, 1655, 2805 a 2935, 3009 cm-1 pode ter sido atribuída a impressões bioquímicas relacionadas à adulteração e utilizadas na diferenciação da SS e MO. O modelo PLS-DA e PLS-R previu a presença / ausência de adulteração em amostras de carne e peixe de um conjunto externo com alta precisão.
Descrição
Ph.D. Thesis in Veterinary Sciences
Palavras-chave
Fresh Food , Fraud
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