Fatores relacionados com a resiliência na pessoa amputada dos membros inferiores

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Resumo
A resiliência, entendida como “um processo dinâmico que encerra em si mesmo a capacidade de adaptação positiva a adversidades” (Jackson, Firtko & Edenborough, 2007, p.1) é um conceito que tem vindo a ser explorado e aplicado tanto do ponto de vista biológico como em áreas de estudo da atividade humana que compreendam a saúde mental e o bem-estar de pessoas submetidas a processos cirúrgicos marcantes como é o caso das pessoas amputadas dos membros inferiores. A amputação de um membro corporal causa impactos na vida da pessoa, que vão do fisiológico até à transformação das emoções, quase sempre para sentimentos de caráter negativo e desesperança. Neste contexto, a resiliência pode surgir como conceito promotor de uma melhor qualidade de vida, não só da pessoa amputada, mas também dos seus familiares cuidadores. Visando aferir fatores que possam influenciar a resiliência em pessoas amputadas dos membros inferiores, realizamos um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, junto de uma amostra de pessoas amputadas, com vista a caracterizar sociodemográfica e clinicamente a amostra; bem assim como analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas, as variáveis contextuais e as variáveis de contexto familiares em relação com a resiliência em pessoas amputadas dos membros inferiores. Pretendeu-se também aferir qual o perfil de resiliência e validar a funcionalidade familiar e o suporte familiar na amostra. Com base nos resultados obtidos concluiu-se pela não evidência de associação entre as variáveis estudadas, sendo que só as de contexto familiar revelaram ter relação com a resiliência de pessoas amputadas. As variáveis sociodemográficas e as variáveis contextuais não têm influência na capacidade de resiliência das pessoas amputadas.
Resilience, understood as "a dynamic process that contains within itself the ability to adapt adversely to adversity" (Jackson, Firtko & Edenborough, 2007, p.1) is a concept that has been explored and applied both from the point of view of biological field as well as in areas of study of human activity that comprise the mental health and well-being of people submitted to striking surgical processes as is the case of amputees of lower limbs. The amputation of a body member causes impacts on the person's life, ranging from the physiological context to the transformation of the emotions, almost always to feelings of negative character and hopelessness. In this context resilience can arise as a promoting concept able to build a better quality of life not only for the amputee but also for their relatives, and caregivers. In order to assess factors that may influence resilience in lower limb amputees, we performed a quantitative, descriptive-correlational study, with a sample of amputees in lower limb amputees, intend to characterize the sample sociodemographically and clinically; as well as analyzing the relationship between sociodemographic variables, contextual variables and family context variables in relation to resilience in lower limb amputee persons. It was also intended to assess the resilience profile and validate family functionality and family support in the sample. Based on the results obtained, it was concluded that there are no evidence of an association between the variables studied, and only those from the family context revealed to be related to the resilience of amputees. Sociodemographic variables and contextual variables have no influence on the resilience of amputees.
Descrição
Este trabalho foi expressamente elaborado como dissertação original para efeito de obtenção do grau de Mestre em Enfermagem da Pessoa em Situação Crítica e do título de Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, sendo apresentada na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Palavras-chave
Pessoa amputada , Resiliência
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