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Item Acesso Aberto Estudo da vulnerabilidade dos sistemas hídricos do Concelho de Vila Pouca de Aguiar2020-01-20 - Soares, Sara Maia; Pacheco, Fernando António LealCom o debate contante das alterações climáticas e a escassez dos recursos naturais, cada vez se toma uma maior consciência de que o planeta está a mudar e deve-se fazer algo para o futuro. Um dos recursos mais importantes é a água. Sem ela, o ser humano não consegue viver e torna-se, portanto, importante, avaliar a sua qualidade e a quantidade para a população. A área de estudo selecionada foi Vila Pouca de Aguiar por possuir um sistema de abastecimento maioritariamente subterrâneo. É uma zona no interior de Portugal, pertencente ao distrito de Vila Real. Não tem muita população, mas nos meses de julho e agosto, esta acresce pelo regresso dos emigrantes e pelos turistas de férias. Foi feita uma avaliação quantitativa através do cálculo dos volumes de descarga das nascentes, dos furos verticais e da barragem do Torno que ajuda no abastecimento a Vila Pouca de Aguiar. Esses valores foram subtraídos mensalmente aos valores do consumo da população e foi possível determinar que há algumas zonas com défice de água tais como Vila Pouca de Aguiar e Bornes de Aguiar. Para uma melhor gestão dos recursos hídricos, sugere-se que seja criado um sistema que conjugue tanto a água subterrânea como a água superficial. As freguesias com água em excesso, abasteceriam os reservatórios e aqueles que possuem défice, poderiam utilizar esse excesso das restantes, para os seus habitantes. O local proposto seria a região do Cabouço pela boa localização, grande coberto vegetal e ainda uma boa disponibilidade de água subterrânea durante todo o ano. Como não é apenas a quantidade de água que importa, foi feita uma avaliação qualitativa dos recursos hídricos da zona em causa. Utilizou-se o método DRASTIC no programa ArcGis com o cálculo dos sete parâmetros. Alguns desses parâmetros possuíam alguma percentagem de vulnerabilidade em alguns setores do município, mas, quando todos interpolados, foi possível determinar que a vulnerabilidade real do município era baixa pois estes possuem diferentes pesos no cálculo. Como é uma zona interior em que o solo é aproveitado para fins agrícolas, quanto à avaliação qualitativa por possibilidade de contaminação por parte dos nitratos, verificou-se que estes validam o método DRASTIC calculado pelo facto de se obter algo muito idêntico e relacionado: as zonas mais frágeis, são aquelas com alguma possibilidade de contaminação por parte destes. Os nitratos possuem uma relação direta com a precipitação. Quanto maior o valor da precipitação, menor é o valor da presença dos possíveis contaminantes. Nos setores em que a precipitação é menor, existem outros fatores que atrasam a infiltração dos possíveis contaminantes. Este município tem os seus recursos hídricos a baixa vulnerabilidade e estão protegidos, contudo sugere-se na presente dissertação uma melhor gestão e prevenção e proteção das águas de Vila Pouca de Aguiar.Item Acesso Aberto O polo hidromineral de Caldas de Carlão – contribuição para a definição do modelo hidrogeológico conceptual2019-06-27 - Pereira, Sara Isabel Vilaça; Oliveira, Alcino De SousaA distribuição da água mineral pelo território Português é desigual, observando-se um predomínio na zona norte que é justificado pelas características geológicas e estruturais dos locais de ocorrência. O principal objetivo desta dissertação pretende contribuir para o conhecimento do polo hidromineral de Caldas de Carlão com a definição do modelo hidrogeológico conceptual. Para tal, foi necessário abordar temas da natureza hidrogeológica, hidroquímica, geotérmica e isotópica das águas minerais. As manifestações de água mineral em Caldas de Carlão englobam diversas emergências naturais, sendo a mais importante a emergência da Nascente da Mina e dois furos de captação mais recentes, designados por furo AM1 e furo AM2. As Caldas de Carlão localizam-se no concelho de Murça, na região de Trás-os-Montes. As suas águas termais têm sido utilizadas desde tempos imemoriais, sendo que a exploração termal para balneoterapia se iniciou em 1986. Tratando-se de águas sulfúreas bicarbonatadas sódicas, o seu uso foca-se no tratamento de doenças de pele, das vias respiratórias, do sistema músculoesquelético e do sistema digestivo. As termas e o edifício termal atual, com perspetivas de “crescer”, é frequentado anualmente por algumas centenas de termalistas, oriundos principalmente da região de Trás-os-Montes, na vertente do termalismo terapêutico. Estas águas minerais inserem-se, geologicamente, na Zona Centro Ibérica do Maciço Hespérico, em litologias metassedimentares e granitóides hercínicas. Particular destaque é dado à presença de filões de natureza quartzo aplito-pegmatítica, principalmente os de direção WNW-ESE, que se enquadram numa zona de cisalhamento com a mesma direção. As direções de fraturas principais são WNW-ESE, NNE-SSW e NE-SW. A localização das emergências hidrominerais parece estar condicionada à interação de fraturas pertencentes ao corredor de cisalhamento WNW-ESE com fraturas de direção NNE-SSW a NE-SW. A análise de dados físico-químicos das águas das diferentes captações, desde 2001 até à atualidade, demonstrou estabilidade nestas propriedades ao longo do tempo. Sob o ponto de vista hidroquímico, as águas minerais de Caldas de Carlão classificam-se de sulfúreas, bicarbonatadas, sódicas, fluoretadas e alcalinas. Estas águas apresentam temperaturas variáveis de 29 ºC a 36 ºC, com pH médio de 8,2 e valores de mineralização total entre 430 e 440 mg/L, estando a sua composição química fortemente dependente dos processos de interação água/rocha, em particular com as rochas granitoides. A utilização de geotermómetros químicos permitiu estimar a temperatura de reservatório e a profundidade máxima de circulação destas águas termominerais, apontando para valores médios de, respetivamente, 106 ºC e 3 km. O estudo da composição isotópica, δ18O e δ2H, mostra que estas águas sulfúreas têm origem meteórica, com área de infiltração a cotas superiores aos 1000 m. A conjugação dos resultados permitiu elaborar uma primeira versão do modelo hidrogeológico conceptual para o sistema hidromineral de Caldas de Carlão que, no futuro, se pretende refinar com informação adicional, particularmente de natureza hidro e geoquímica isotópica.Item Acesso Aberto Valorização do granito de Pedras Salgadas como rocha ornamental2019-02-15 - Ferreira, Domingos Xavier Mendanha; Sousa, Luis Manuel De Oliveira; Carvalho, Luis Herculano Melo DeA caraterização da homogeneidade textural, não revela a presença de elementos que contribuam para heterogeneidades texturais e que comprometam a exploração ou afetem o rendimento das pedreiras em laboração. A variação cromática entre as pedreiras deste granito, tem sido identificada pelas diferentes empresas transformadoras, procurando-se neste trabalho avaliar estas diferenças. Foram analisadas chapas, com acabamento polido, provenientes de diferentes pedreiras e analisados os parâmetros L*, a* e b* para cada chapa. Quando comparados os valores, é possível separar as pedreiras em dois grupos, um que apresenta granito com coloração mais escura e outro que apresenta uma cor mais clara. O levantamento da fraturação e espaçamento de fraturas foi efetuado em dois locais distintos, numa área virgem e em pedreiras ativas. Este levantamento permite o cálculo de vários índices de fraturação e assim determinar a aptidão da área virgem para fornecer blocos comerciais. A nova área apresenta potencialidades para a instalação de uma nova pedreira. O cálculo do volume teórico possível de ser extraído em frentes de trabalho foi determinado utilizando o programa 3D_BlockExpert. A utilização desta ferramenta permite definir o tamanho e forma dos blocos a extrair e contribuir para aumentar o rendimento das pedreiras. Foi possível a criação de um novo acabamento superficial à base de óxidos de ferro, aplicado em condições ambientais específicas. Esta solução pode ser aplicada no granito de Pedras Salgadas, mas também em outras rochas granitoides.Item Acesso Aberto Tabuleiros de Jogo Ancestrais: o caso do Douro e de Trá-os-Montes2018-01-30 - Neto, Rui Manuel Tina; Abreu, Maria Emilia Pereira Simões DeItem Acesso Aberto Génese do jazigo de ferro de Moncorvo e avaliação do uso de equipamentos portáteis de FRX e DRX para a exploração mineral deste tipo de jazigos2017-12-07 - Urbano, Emílio Evo Magro Corrêa; Gomes, Maria Elisa Preto; Meireles, Carlos Augusto Pinto de; Brandão, Paulo Roberto GomesO Jazigo de Ferro de Moncorvo está inserido no contexto da Zona Centro Ibérica e a sua formação está relacionada com um dos principais períodos globais de formação de ironstones do Fanerozoico, o Ordovícico. Durante o Arenigiano médio e num período transgressivo depositou-se numa plataforma marinha uma sequência rica em ferro, representada atualmente pelo Membro Malhada da Formação Marão. No flanco sul do sinclinório de Moncorvo, na região de Felgueiras, esta unidade estratigráfica é formada por pelitos e quartzovaques ricos em ferro, enquanto que na Mua, flanco norte do anticlinório de Carviçais, é constituída por quartzovaques a grauvaques líticos ricos em ferro. A presença de silicatos de ferro, magnetite e estratificações plano paralelas na sequência rica em ferro em Felgueiras indicam deposição abaixo do nível de base das ondas normais em condições altamente redutoras. Já na Mua, a deposição do ferro ocorreu acima do nível de base das ondas normais em condições redutoras, mas não o suficiente para permitir a formação de filossilicatos de ferro. A principal fonte do ferro deve ter sido o continente, como indicam a anomalia média de (Eu/Eu*)SN = 1.18. Contudo, a presença de concentrações relativamente altas de Co, V, Cr, Zn, Pb, Cu e Ni nos óxidos de ferro e valores pontuais de (Eu/Eu*)SN também altos (até 1.39) sugerem uma possível contribuição vulcanogénica. Quanto ao padrão de deformação, observou-se que a 1a fase da Deformação Varisca foi responsável pela formação de sequências de dobras com até centenas de metros de comprimento com forte vergência para norte. Além disto, a partição da deformação da fase D1 foi responsável pela formação de um desligamento esquerdo no flanco sul do Sinclinal da Mua devido a menor resistência reológica da sequência rica em ferro. Paralelamente, um metamorfismo prógrado do tipo Barroviano afetou as rochas da região, alcançando a fácies xistos verdes até a zona da biotite. Segundo a composição química das clorites e magnetites, a temperatura do metamorfismo regional foi entre 400 e 500 °C. Em seguida, na região da Mua, a instalação do granito de Carviçais foi responsável pelo metamorfismo de contacto, causando a formação de andaluzites. Em relação às texturas petrográficas, o processo de recristalização dinâmica associado a circulação de fases fluidas causou a dissolução parcial e/ou total dos grãos de quartzo e precipitação de novas fases minerais. Nos quartzitos puros, onde predomina a estrutura suportada por grãos, estas novas fases precipitaram-se nos espaços intersticiais formados após a dissolução dos novos grãos e sub-grãos. Por outro lado, na sequência rica em ferro predomina a estrutura suportada pela matriz e, assim, os minerais com ferro controlaram a formação da textura da rocha pois esta é a fase mais fraca reologicamente. Nos locais onde a componente de cisalhamento puro da fase D1 foi predominante, formaram-se agregados policritalinos paralelos à estratificação, porém com cristais sem orientação preferencial. Já onde predominou a componente de cisalhamento simples, como no flanco sul do Sinclinal da Mua, os óxidos de ferro granulares foram recristalizados em especularite paralelamente a direção do desligamento. Do ponto de vista geoquímico, a concentração do fósforo na rocha é controlada pelo ferro devido ao mecanismo de precipitação deste elemento associado aos colóides de oxihidróxidos de ferro no fundo marinho. Por sua vez, a maior parte da concentração dos ETRs está relacionada aos fosfatos devido aos processos de substituição catiônica. Além disto, as anomalias de (Ce/Ce*)SN indicam que o Membro Malhada se depositou em condições anóxidas. Do ponto de vista económico, os ETRs de Moncorvo ocorrem em concentrações relativamente baixas, contudo, a predominância de apatite em Felgueiras pode vir ser um diferencial na exploração dos ETRs devido a facilidade de extração química destes elementos. Por último, a FRX e DRX portátil mostraram-se aplicáveis no controlo de qualidade da exploração de minérios de ferro através do uso das suas análises em chaves de classificação de minérios. Após os testes, o aparelho Delta (FRX portátil) apresentou melhor exatidão para as análises de Fe2O3, enquanto que o Titan foi mais exato nas análises de P2O5. Em relação a DRX, após o refinamento de Rietveld, o aparelho portátil TERRA mostrou-se mais exato do que o X’Pert no geral devido principalmente a redução do efeito da orientação preferencial dos minerais lamelares. Por fim, a DRX mostrou-se útil para identificar e quantificar os minerais portadores do ferro e minerais de ganga.Item Acesso Aberto A figura da Mão na Arte Rupestre origem e evolução do símbolo2008 - Abreu, Gioconda Maria de Figueiredo Simões de; Oosterbeek, Luiz; Giraldo, Hipólito ColladoEsta dissertação abordou o estudo da representação da Mão na Arte Rupestre, analisando a sua origem, distribuição e evolução como símbolo. Nela houve a preocupação de compreender a Mão nas suas capacidades depreensão e compreensão, que ajudaram o homem a entender o mundo e uma parte da própria essência de ser Humano. Analisar as duas grandes técnicas de execução que são a Pintura e a Escultura e sistematizar a tipologia das figuras foi um importante contributo para a tentativa de compreensão do símbolo da Mão. Para enquadrar este estudo foram analisadas três estações com expressivas representações de Mãos a saber, Gargas, Maltravieso e Pego da Rainha. Significativo foi descortinar a sua autoria da qual já se consegue vislumbrar algo sobre o género e se os seus autores foram crianças ou adultos. Ao enunciar teorias que apoiam a interpretação foi possível detectar imagens relacionadas com o profano e com o sagrado, com necessidades de identificação, de comunicação, de poder, enfim todo um universo muito semelhante ao actual.