DESMI - Dissertações de Mestrado

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    Vivências dos Enfermeiros no luto perinatal
    2023-04-26 - Freitas, Sandrina Raquel; Santos, Maria José de Oliveira; Sousa, Maria do Carmo Martins Pires e
    Introdução: O Estágio de Natureza Profissional foi desenvolvido no Bloco de Partos de um hospital do norte de Portugal e preconiza a aquisição e desenvolvimento de competências relativas ao exercício profissional do enfermeiro especialista. Para concretização das competências de investigação foi desenvolvido um estudo sobre as “Vivências dos Enfermeiros no Luto Perinatal”. Lidar com questões em torno da morte, no âmbito da gravidez e da maternidade, é um processo difícil e complexo que gera angústias a todos os intervenientes, incluindo as mães, a família e os profissionais de saúde. Os enfermeiros devem desenvolver competências nesta área para que possam cuidar estes pais, facilitando a sua adaptação ao processo de luto perinatal. Objetivos: Analisar de forma crítico-reflexiva o desenvolvimento de competências técnico-científicas e relacionais, previstas para o enfermeiro especialista. Compreender as vivências dos enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica em situações de luto perinatal. Metodologia: Foi realizado um estudo de natureza qualitativa com uma abordagem fenomenológica, uma vez que pretendemos analisar as experiências sob o ponto de vista dos participantes. O método de recolha de dados foi o Focus Group. Foram realizados dois grupos focais onde participaram no total 11 enfermeiras especialistas, que exerciam funções no bloco de partos e que vivenciaram situações de morte perinatal. Na recolha dos dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada e os dados foram analisados pela técnica de análise de conteúdo. Resultados: A análise interpretativa dos dados foi realizada através das entrevistas dos grupos focais, utilizando as sete categorias de análise definidas à priori: conceito de luto perinatal, vivências do luto perinatal por parte do casal, estratégias facilitadoras na vivência do luto perinatal, intervenções de enfermagem na adaptação ao luto perinatal, implicações da presença do casal a vivenciar o luto perinatal no funcionamento do serviço, apoio psicológico e formação específica para profissionais de saúde. Conclusões: Os resultados obtidos contribuíram para identificar intervenções de enfermagem facilitadoras da adaptação da mulher/casal ao luto perinatal, nomeadamente: avaliação do luto (funcional versus disfuncional), otimização do ambiente físico, no sentido de proporcionar maior conforto e privacidade ao casal, comunicação assertiva, privilegiando a escuta ativa e respeitando as decisões e o tempo do casal como algo individual. Foi também referido como importante a existência de formação específica e apoio psicológico para os enfermeiros, ajudando-os a lidar e a ganhar confiança na sua capacidade de fornecer apoio a estes casais, melhorando assim a sua saúde e bem-estar. O estágio permitiu o desenvolvimento de competências comuns e especificas do enfermeiro especialista, no âmbito dos cuidados durante o trabalho de parto, parto e pós-parto, assim como da vigilância pré-natal.
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    Satisfação das puérperas relativamente ao trabalho de parto e parto
    2022-12-14 - Ferreira, Cristela Gomes; Castro, João Francisco de; Almeida, Carlos Manuel Torres
    Introdução: A Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica exige que o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica apresente uma intervenção especializada, autónoma, independente e/ou interdependente, bem como o domínio de competências técnico-científicas, críticoreflexivas, relacionais, comunicacionais, sociofamiliares e ético-deontológicas. Desta forma, o estágio de natureza profissional, desenvolvido num Bloco de Partos e Serviço de Urgência de Obstetrícia/ Ginecologia de um hospital no norte do país, permitiu desenvolver as competências acima descritas, que visam a prática de cuidados de enfermagem altamente qualificados, de modo a atingir a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de enfermagem prestados à mulher/família. O enfermeiro especialista é, por sua vez, um ser ativo no campo da investigação. Daí a proposta de realização de um trabalho de investigação, subordinado ao tema “Satisfação das puérperas relativamente ao trabalho de parto e parto”. Objetivos: Com este trabalho pretendeu-se descrever o desenvolvimento das competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica realizadas no estágio de natureza profissional e conhecer através de um estudo de investigação, a satisfação das puérperas relativamente ao trabalho de parto e parto, descrevendo quais os fatores sociodemográficos, obstétricos e assistenciais que influenciam essa satisfação, bem como as dimensões que mais contribuem para a satisfação das mesmas. Metodologia: Este trabalho foi realizado segundo uma abordagem quantitativa, de carácter descritivo. Para avaliar a satisfação das puérperas no trabalho de parto e parto e a influência dos fatores sociodemográficos, obstétricos e assistênciais, foi aplicado um questionário com duas partes: o questionário sociodemográfico e obstétrico e o “Questionário de Experiência e Satisfação com o Parto”. A amostra é constituída pelas puérperas, que cumprem os critérios de inclusão e exclusão estipulados para o presente estudo. Resultados: Com este estudo verificou-se que as puérperas, na sua maioria, estão satisfeitas relativamente ao trabalho de parto e parto, a dimensão que mais contribuiu para esta satisfação das puérperas foi “Condições e Cuidados Prestados” e aquela em que a satisfação se revelou menor foi “Relaxamento e a Experiência Negativa”. Dos fatores estudados verificou-se que a paridade e o contacto pele a pele têm uma influencia estatisticamente significativa na satisfação das puérperas com o seu trabalho de parto e parto. Com os resultados obtidos pretende-se sensibilizar os profissionais de saúde para a importância de se adaptar estratégias, a fim de aumentar a satisfação na maternidade proporcionando uma experiência de parto positiva. Conclusões: O Enfermeiro Saúde Materma e Obstetricia deve fomentar uma relação de confiança com a parturiente/casal, indo ao encontro das suas necessidades/expectativas no momento do TP e parto, proporicionando uma experiência de parto mais positiva. A satisfação com os cuidados prestados durante o parto é um fenómeno complexo que consiste em múltiplas dimensões da satisfação. O Enfermeiro Saúde Materma e Obstetricia deve promover o empoderamento da mulher/casal permitindo que esta se sinta valorizada, envolvida na tomada de decisões através de uma escolha informada. Estas são ferramentas valiosas, facilitando a prestação de cuidados holísticos e a assistência individualizada no TP e parto.
  • ItemAcesso Aberto
    Boas práticas na implementação do contacto pele a pele na primeira hora de vida do recém-nascido
    2022-12-05 - Gonçalves, Susana Raquel Freitas; Santos, Maria José de Oliveira; Figueiredo, Anabela Martins Pinto de
    Introdução: O presente relatório do Estágio de Natureza Profissional engloba a análise do desenvolvimento de competências comuns e especializadas inerentes à prestação dos cuidados à mulher, recém-nascido e família durante o trabalho de parto e parto. Os objetivos preconizados para o estágio determinaram ainda o desenvolvimento de competências de investigação, aspeto fundamental para o exercício de uma prática baseada na evidência. Embora já se encontrem bem documentados os benefícios, do contacto pele a pele entre a mãe e o recém-nascido na primeira hora de vida, a sua implementação deve obedecer a um conjunto de critérios, que nem sempre são cumpridos de forma sistemática pelos profissionais de saúde. Neste sentido propomo-nos a estudas as práticas na implementação do contacto pele a pele na primeira hora de vida do recém-nascido. Objetivos: Analisar de forma crítico-reflexiva o desenvolvimento de competências técnico-científicas e relacionais, na prestação de cuidados especializados à mulher e família durante o trabalho de parto e parto. Através do estudo de investigação pretendemos: Caracterizar a informação da parturiente sobre aos benefícios do contacto pele a pele; caracterizar o comportamento inato dosrecém-nascidos de acordo com os estadios descritos por Widström; analisar as práticas de implementação do contacto pele a pele na primeira hora de vida. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo, observacional e transversal, numa amostra de conveniência de 32 parturientes que realizaram contacto pele a pele com o recém-nascido. A recolha de dados foi utilizada um formulário de caracterização sociodemográfica e obstétrica da amostra, uma grelha de observação dos estadios comportamentais do recém-nascido e aplicação de um algoritmo de implementação do contacto pele a pele, adaptado do Healthy Children Project's. Na análise dos dados foi utilizada a análise descritiva. Resultados: O desenvolvimento do estágio de natureza profissional permitiu a aquisição das competências especializadas para cuidar da mulher, família e recém-nascido, pela realização de intervenções de enfermagem suportadas na evidência científica. Do estudo realizado, 68,8% das participantes teve algum tipo de informação sobre os benefícios do contacto pele a pele, informação que foi transmitida sobretudo pelos enfermeiros especialistas (43,8%). As participantes reconhecem que o contacto pele a pele tem benefícios para a mãe, ao nível da vinculação (100%), bem-estar psicoemocional (96,9%) e amamentação (81,3%). Dos benefícios para o recém-nascido, foram identificados o relaxamento (100%), familiarização com a mama (93,8%) e termorregulação (87,5%). Dos nove estadios comportamentais previstos por Widström, apenas foi possível observar o choro específico (100%), o relaxamento (87,5%), o impulsionamento dos movimentos da cabeça e ombros (28,1%) e a iniciação de movimentos da boca, com reflexo de busca e preensão (12,5%). Todas as participantes realizaram contacto pele a pele, sendo o tempo médio de contacto de 11,22 (DP=8,29) minutos. Conclusões: Os enfermeiros de saúde materna e obstétrica devem promover o contacto pele a pele de forma mais sistemática logo após o nascimento. A elaboração de protocolos institucionais e adoção de um algoritmo pode ser importante na implementação sistemática desta prática de forma a permitir uma melhoria contínua dos cuidados imediatos ao recém-nascido.
  • ItemAcesso Embargado
    Evolução do trabalho de parto: duração e relação com variáveis obstétricas e neonatais
    2022-09-23 - Môcho, Ana Teresa Batista Silva; Figueiredo, Anabela Martins Pinto de; Santos, Maria José de Oliveira
    Introdução: O Estágio de Natureza Profissional prevê o desenvolvimento de competências comuns e específicas para esta área de especialidade, em particular as competências relativas ao cuidar da mulher/casal durante o trabalho de parto e parto. Os objetivos preconizados para o estágio determinaram ainda o desenvolvimento de competências de investigação, como contributo para uma prática da enfermagem baseada na evidência. Neste sentido, e sabendo que uma vigilância adequada e segura do trabalho de parto e parto é relevante optamos pelo tema “A evolução do trabalho de parto”. Esta opção justifica-se ainda pela recente revisão dos padrões evolutivos normais do trabalho de parto. Objetivos: Descrever e analisar o processo de aquisição de competências para a prestação de cuidados à mulher/casal e recém-nascido durante o trabalho de parto e parto. Identificar a relação entre fatores obstétricos (paridade, índice de massa corporal, diagnóstico de admissão, analgesia epidural e peso da placenta) e neonatais (peso do recém-nascido) e a duração dos três primeiros estadios do trabalho de parto. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal. Foi utilizada uma amostra de conveniência constituída por 36 parturientes que tiveram o seu parto numa instituição de saúde do Norte do pais. Os dados foram recolhidos através de um formulário, construído especificamente para o estudo e o tratamento estatístico foi realizado no programa SPSS, com recurso à estatística descritiva e inferencial, nomeadamente os testes não paramétricos para amostras independentes e correlações. Resultados: A duração do 1º estadio foi em média de 532,01 minutos (8,9 horas), o 2º estadio de 42,30 minutos e o 3º estadio de 11,83 minutos. Das variáveis estudadas, verificamos que a maioria não estava relacionada com a duração dos diferentes estadios do trabalho de parto e parto. Foi possível verificar que, a duração da fase latente foi maior nas primíparas (p=0,028), a duração do segundo estadio foi maior nas parturientes submetidas a analgesia epidural (p=0,025), e que a duração do terceiro estadio foi maior nas mulheres que apresentavam excesso de peso ou obesidade prévia à gravidez, ainda que no limite de significância (p=0,05). Conclusões: O estágio permitiu o desenvolvimento de competências especializadas no âmbito do trabalho de parto e parto. Em relação à problemática em estudo, concluímos que a duração dos diferentes estadios do trabalho de parto é um importante indicador clínico para fundamentar a avaliação diagnóstica e o planeamento das intervenções de enfermagem, tendo em vista o respeito pela fisiologia do trabalho de parto e a procura de uma experiência de nascimento mais positiva para a mulher/casal e família.
  • ItemAcesso Embargado
    Padrão de sexualidade no final da gravidez: relação com variáveis obstétricas
    2022-07-28 - Castanheira, Sara Sofia Alves; Figueiredo, Anabela Martins Pinto de; Santos, Maria José de Oliveira
    Introdução: No presente relatório do estágio de natureza profissional, realizado na sala de partos, descrevemos o desenvolvimento das competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (EEESMO). No âmbito destas competências desenvolvemos um estudo de investigação sobre a relação de algumas variáveis obstétricas com a frequência das relações sexuais no final da gravidez, uma vez que as mudanças no padrão sexual na gravidez podem ser significativas e repercutir-se na saúde e bem-estar da mulher/casal. Objetivos: Descrever e analisar o processo de aquisição de competências para a prestação de cuidados à mulher/casal e recém-nascido durante o trabalho de parto e parto. Identificar a relação entre o início espontâneo de trabalho de parto, a idade gestacional no momento do parto, o tipo de parto, a duração da fase ativa e duração do segundo estadio com a frequência das relações sexuais coitais no final da gravidez. Metodologia: Foi realizado um estudo quantitativo, analítico-correlacional e transversal, numa amostra de conveniência constituída por 82 parturientes. Os dados foram recolhidos através de um formulário construído especificamente para o estudo e a análise dos dados foi realizada com recurso à estatística descritiva e inferencial. Resultados: A maioria das participantes referiu ter tido relações sexuais no último trimestre de gravidez (78%), e destas 79,7% afirmaram ter tido relações nos sete dias que antecederam o parto. A maioria referiu alteração do padrão sexual (76,8%), em particular no último trimestre (56,5%), dos motivos referidos destacam-se o medo e o desconforto físico. Os resultados não permitiram confirmar a relação entre a idade gestacional no parto, o início espontâneo do trabalho de parto, o tipo de parto, a duração da fase ativa e a duração do segundo estadio com a frequência das relações coitais nos últimos sete dias da gravidez. Conclusões: A gravidez é uma condição crítica para a manutenção do padrão sexual habitual da mulher, porém não foi verificada associação entre a prática de relações sexuais no final da gravidez e as variáveis obstétricas estudadas. É importante que a intervenção do enfermeiro especialista, permita a abordagem desta problemática na consulta de enfermagem pré-natal, na consulta de termo e nos programas de preparação para o parto e parentalidade.
  • ItemAcesso Restrito
    Fatores que se relacionam com os níveis de ansiedade nas puérperas
    2022-05-17 - Pinto, Cátia Sofia Pereira; Castro, João Francisco de; Almeida, Carlos Manuel Torres
    Introdução: O Estágio de Natureza Profissional, desenvolvido na sala de partos, visou a aquisição, desenvolvimento e consolidação de competências descritas durante o trabalho de parto e parto, para permitir a obtenção do título de Enfermeiro Especialista em Saúde Materna. Na área da investigação pretende-se contribuir para a prática da enfermagem baseada na evidência, através do estudo “Fatores que se relacionam com os níveis de ansiedade nas puérperas”, dado que este fenómeno provoca consequências para a mulher, para a sua relação com o bebé e com o companheiro, interferindo na qualidade de vida da família. Objetivos: Desenvolver competências na prestação de cuidados de enfermagem de saúde materna e obstétrica, à mulher em trabalho de parto e parto; e conhecer os fatores que se relacionam com os níveis de ansiedade das puérperas, durante o internamento no serviço de obstetrícia. Metodologia: Foram prestados cuidados de enfermagem especializados, à mulher durante o trabalho de parto e parto, efetuando o parto em ambiente seguro, otimizando a saúde da parturiente e do recém-nascido, na sua adaptação à vida extrauterina. A investigação desenvolvida foi de cariz quantitativo descritivo-correlacional. analítico e transversal, com a aplicação da escala de autoavaliação de ansiedade de Zung, da escala de perceção do design de suporte do ambiente hospitalar e da escala de autoperceção materna das competências cuidativas neonatais. Neste estudo participaram 85 puérperas que se encontravam internadas no serviço de obstetrícia, num hospital da região norte do país. Resultados: Prestados cuidados especializados a 84 parturientes de baixo risco e 21 de risco. Realizados 37 partos eutócicos e auxiliados 1 parto eutócico gemelar e 7 partos distócicos por ventosa. Da investigação realizada, 51,8% das puérperas apresentaram ausência de ansiedade, 11,8% manifestou ansiedade não patológica e 36,5% apresentou ansiedade patológica. Dos fatores de ansiedade estudados, apenas se estabeleceu relação, de forma global, entre o nível de ansiedade puerperal e a perceção materna nos cuidados ao recém-nascido (p=0,00). Conclusões: Os objetivos estabelecidos relativamente à prestação de cuidados especializados, foram atingidos, contribuindo para a aquisição e desenvolvimento de competências necessárias para um desempenho autónomo. Em relação à problemática em estudo, considera-se que contribuiu para a melhor compreensão dos fatores de ansiedade das puérperas durante o internamento, nomeadamente a enorme importância que a autoperceção materna das competências no cuidar do recém-nascido, tem neste contexto.
  • ItemAcesso Aberto
    As vivências do pai no momento do nascimento
    2022-02-09 - Barros, Andreia Patrícia Ferreira de; Castro, João Francisco de; Almeida, Carlos Manuel Torres
    Introdução: O presente relatório de estágio, elaborado no âmbito do Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia da Escola Superior de Saúde da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, pretende dar a conhecer todas as aprendizagens alcançadas durante a realização do estágio de natureza profissional, bem como a aquisição e o desenvolvimento das respetivas competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. Estas, encontram-se desenvolvidas numa primeira parte, com referência prévia aos objetivos delineados para a realização do estágio de natureza profissional e a respetiva descrição das competências adquiridas no âmbito do trabalho de parto e parto. Numa segunda parte, aborda-se o desenvolvimento de competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica na investigação. A tarefa de investigação debruçase sobre “As vivências do pai no momento do nascimento”. O tema do presente trabalho surgiu no sentido de dar visibilidade também ao papel preponderante que o pai possui enquanto acompanhante da grávida, e que nem sempre é valorizado por parte da equipa que os acompanha, nomeadamente o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. Daí ser necessário uma investigação que aprofunde as vivências do pai e de que forma essas vivências contribuíram para o seu papel mais ativo no parto. Objetivos: Compreender quais as vivências percecionadas pelo pai no momento do nascimento do filho. Como objetivos específicos, analisar a perceção do pai sobre o papel desempenhado e identificar os fatores que influenciam a promoção do papel ativo do pai. Metodologia: Para a realização deste estudo utilizou-se a metodologia qualitativa, de cariz exploratório, optando-se pela análise de conteúdo para analisar e interpretar os dados. Realizaramse 8 entrevistas para a recolha dos mesmos, que decorreram no período de 22 de julho de 2021 a 06 de agosto de 2021. Foram salvaguardados todos os aspetos éticos. Resultados: Os resultados obtidos nesta investigação revelam que os pais vivenciaram diferentes emoções durante o trabalho de parto e parto, assumindo uma predominância de emoções positivas aquando do nascimento do filho. Atribuíram um significado marcante e único a esta experiência, que favoreceu uma maior ligação familiar e um maior reconhecimento e valorização da mulher. Reconhecem ter tido um papel ativo durante todo o processo, realçando a disponibilidade e apoio dos profissionais, o respeito dos mesmos pela privacidade do casal, o trabalho de parto rápido e a sua participação nas aulas de preparação para o parto, fatores que facilitaram o desempenho de um papel mais ativo no acompanhamento da mulher. Como fatores inibidores destacaram a presença de emoções negativas, o sofrimento da mulher e ainda a sua não participação nas aulas de preparação para o parto. Consideram-se os resultados obtidos muito interessantes, revelando também que os profissionais de saúde estão cada vez mais despertos para a participação do pai, integrando-o nos cuidados à mulher.
  • ItemAcesso Aberto
    Plano de parto: contributo para uma experiência positiva no nascimento e melhoria da qualidade dos cuidados
    2022-01-19 - Dias, Vânia Queirós; Figueiredo, Anabela Martins Pinto de; Santos, Maria José de Oliveira
    Introdução: Este Relatório de Estágio de Natureza Profissional, apresenta a análise das competências desenvolvidas ao longo da prática clínica, em particular as relativas ao trabalho de parto e parto, cuidados ao recém-nascido e cuidados à mulher em situação de urgência obstétrica/ginecológica. Para o desenvolvimento das competências de investigação problematizou-se o tema relativo ao plano de parto, porque os planos de parto visam melhorar o envolvimento das mulheres nos processos de tomada de decisão durante o trabalho de parto e parto. Objetivos: Analisar o contributo do plano de parto para uma experiência positiva de nascimento e melhoria da qualidade dos cuidados prestados à mulher durante o parto. Metodologia: Foi realizado um estudo de natureza qualitativa, com recurso a uma revisão integrativa da literatura e pesquisa de artigos na última década nas seguintes bases de dados: CINAHL Complete, Nursing & Allied Health Collection, MEDLINE Complete e Mediclatina. Resultados: A análise dos 10 artigos selecionados permitiu considerar quatro categorias de análise: a experiência materna (expectativas, autonomia, empowerment e satisfação); a comunicação com os profissionais de saúde; o conhecimento materno sobre o processo de parto e os resultados obstétricos e neonatais. A utilização do plano de parto, na maioria dos estudos, contribui para o cumprimento das expectativas, a participação materna no processo de tomada de decisão e sentimento de controlo sobre o processo de TP. Mulheres com plano de parto tiveram melhores resultados maternos e neonatais, diminuição das intervenções desnecessárias e hospitalizações. Conclusões: A utilização do plano de parto contribui para uma experiência de nascimento mais positiva e melhoria da qualidade dos cuidados obstétricos e neonatais. No entanto, há aspetos na sua elaboração e implementação que podem ser melhorados. Salienta-se a necessidade de mais evidência para melhor compreensão desta problemática.
  • ItemAcesso Restrito
    Influência de algumas medidas facilitadoras do contacto precoce, no envolvimento emocional que a mãe estabelece com o bebé no nascimento
    2020-01-22 - Amaro,Andrea Susana Monteiro; Santos, Maria José de Oliveira; Figueiredo, Anabela Martins Pinto de
    Introdução: Este relatório, pretende refletir e analisar de forma fundamentada, no conhecimento científico mais atual o desenvolvimento de competências especializadas em contexto da prática clínica, que decorreu no Bloco de Partos de uma instituição do Norte do país. A procura do conhecimento sobre a experiência vivenciada no parto é importante para uma reflexão e adequação dos cuidados de enfermagem. Neste sentido, desenvolvemos um estudo de investigação sobre a importância das medidas de contacto precoce após o parto, no envolvimento emocional da mãe com o bebé. Objetivos: O presente estudo teve como objetivos avaliar o envolvimento emocional das mães com os bebés às 2 e 48 horas após o parto e avaliar a influência das variáveis sociodemográficas, da história da gravidez e de medidas de contacto precoce (contacto pele a pele, corte do cordão umbilical, amamentação na primeira hora de vida), no envolvimento emocional das mães com os bebés Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo-correlacional e longitudinal. Na recolha de dados, foi utilizado um formulário e a Escala de Bonding (New Mother-to-Infant Bonding Scale - MIBS), aplicada às 2 e 48 horas após o parto. Na análise de dados foi utilizada a estatística descritiva e inferencial, com recurso a testes não paramétricos. Resultados: A amostra foi constituída por 47 mães, com idade média de 27,5 anos, na sua maioria casadas e empregadas. O conhecimento das mães sobre medidas facilitadoras do envolvimento emocional é limitado, e a medida mais utilizada foi a amamentação na primeira hora de vida (63,8%). Os valores de bonding total às 2 horas foram elevados (2,83; DP=0,20) e mantiveram-se sensivelmente iguais nas 48 horas após o parto (2,84; DP=0,22). Nenhuma das variáveis estudadas, influenciou o nível de bonding total nos dois momentos de avaliação, pelo que as hipóteses em estudo não foram confirmadas. Conclusões: A revisão da literatura realizada e parcialmente os dados obtidos, permitem-nos propor algumas alterações na assistência concebida e implementada pelos Enfermeiros Especialistas, ao longo do período pré e pós-natal. Consideramos que estes enfermeiros podem ter um papel importante na informação das mães/casais e na implementação das medidas de contacto precoce nos partos de baixo risco, tendo em conta o impacto expectável destas medidas na ligação emocional da mãe ao bebé, com benefícios positivos na saúde.
  • ItemAcesso Aberto
    Influência do exercício físico no pós-parto na recuperação da musculatura perineal, abdominal e lombar da puérpera
    2019-06-25 - Batista, Palma Samanta Albino; Santos, Maria José De Oliveira
    Introdução: Os cursos de recuperação pós-parto têm um papel preponderante na recuperação das estruturas anatómicas implicadas na gravidez e parto, assim como na promoção do bemestar físico e psicoemocional das puérperas. Alguns estudos evidenciam que a prática de exercício físico deve ser incluída nas intervenções para a assistência integral à mulher no ciclo gravídico-puerperal. Objetivos: Avaliar a influência de um programa de exercício físico no pós-parto, na frequência de sintomas urinários, na recuperação da musculatura pélvica e abdominal, na dor lombar, bem como no bem-estar psicoemocional das puérperas. Metodologia: Foi realizado um estudo quantitativo, quasi-experimental e longitudinal, com desenho de pré e pós-teste. Foi utilizada uma amostra não aleatória constituída por 70 puérperas, distribuídas no grupo experimental e controlo. O instrumento de colheita de dados foi aplicado no pré e pós-teste e incluiu um formulário de caracterização sociodemográfica e da história obstétrica, avaliação de sintomas urinários, da musculatura perineal e abdominal, dor lombar, perceção de saúde, satisfação com a vida e autoestima. O grupo experimental foi submetido a um programa estruturado de exercício físico, composto por 16 sessões, com duração de oito semanas. Os resultados foram analisados com recurso à análise descritiva e inferencial. Resultados: As variáveis estudadas no pré-teste são, na sua maioria, homogéneas nos dois grupos. O programa de exercício físico foi eficaz na diminuição dos sintomas urinários no grupo experimental em três das sete variáveis estudadas. Observou-se ainda uma melhoria da força perineal e da diástase dos músculos abdominais e uma diminuição do nível de dor lombar em ambos os grupos, com uma melhoria mais significativa no grupo experimental. O programa também foi eficaz na melhoria das variáveis psicoemocionais, mais expressiva no grupo experimental. Estes resultados permitiram confirmar todas as hipóteses em estudo, apontando para a mais-valia do programa de exercício físico no pós-parto. Conclusões: Os resultados traduzem uma melhoria da condição física e psicológica das puérperas que integraram o programa de exercício físico, contudo, sugerem-se estudos mais alargados na dimensão da amostra e no tempo de acompanhamento, para melhor compreensão da associação entre o exercício físico e as variáveis estudadas. Face aos resultados, consideramos que pode ser uma mais-valia a utilização do programa de exercício físico delineado, pelo Enfermeiro Especialista, visando promover a saúde e bem-estar físico e psicoemocional das puérperas.