Diabetes Mellitus tipo 1: intervenção e fatores psicológicos em adolescentes

Data
2014
Título da revista
ISSN da revista
Título do Volume
Editora
Projetos de investigação
Unidades organizacionais
Fascículo
Resumo
A diabetes tipo 1 é uma patologia crónica que aparece frequentemente em crianças e adolescentes. A presença desta patologia impõe ao adolescente alguns desafios, onde além de enfrentar as tarefas desenvolvimentais enfrenta, também, as tarefas que envolvem o tratamento desta patologia lutando por uma melhor qualidade de vida. Assim, o presente estudo tem como principal objetivo perceber como os adolescentes percecionam a sua qualidade de vida, como se assumem enquanto responsáveis pela sua saúde, criando a sua autonomia, tendo em consideração a fase da adolescência em que se encontram e o tempo de diagnóstico da diabetes. A amostra é constituída por 36 adolescentes com diagnóstico de diabetes tipo 1, 61.1% (n = 22) do sexo masculino e 38.9% (n = 14) do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. Os dados foram recolhidos num único momento de avaliação através de um questionário de autopreenchimento, que englobava as escalas CPI, DQOL, CHLC e RSES para dar respostas aos objetivos pretendidos. Como principais resultados verificou-se que os adolescentes tendem a percecionar uma melhor qualidade de vida quanto maior for o tempo de diagnóstico e que os adolescentes mais velhos tendem a expectar um maior grau de controlo sobre a sua doença. Pode concluir-se que esta é uma área que necessita de ser cada vez mais estudada, para que os profissionais de saúde percebem as principais dificuldades sentidas por esta população, fornecendo suporte psicossocial para que estes lidem melhor com as adversidades sentidas.
Type 1 diabetes is a chronic condition that often occurs in children and adolescents. The presence of this condition imposes some challenges to the adolescent, where in addition to confront developmental tasks also faces tasks involving the treatment of this pathology fighting for a better quality of life. So, this study has the main objective to understand how adolescents evaluate their quality of life as identify themselves as responsible for their health, creating their autonomy, taking into account the stage of adolescence where they are and the time of diagnosis diabetes. The sample consisted of 36 adolescents diagnosed with type 1 diabetes 61.1% (n = 22) were male and 38.9% (n = 14) were female, aged between 12 and 18 years. Data were collected in a single moment of evaluation through a self-administered questionnaire, which included the CPI, DQOL, CHLC and RSES scales to give answers to the objectives intended. As main results we found that adolescents tend to perceive a better quality of life as well as larger diagnostic time and that the older adolescents tend to expect a greater degree of control over their disease. Can be concluded that this is an area that needs to be ever more investigated, for health professionals perceive the main difficulties experienced by this population, providing psychosocial support to enable them to better cope with the adversities felt.
Descrição
Dissertação de Mestrado em Psicologia Clínica
Palavras-chave
Diabetes mellitus , Qualidade de vida , Autoestima , Envolvimento parental
Citação