Biodisponibilidade do selénio em cogumelos – avaliação de efeito nas propriedades antioxidantes

Data
2010
Título da revista
ISSN da revista
Título do Volume
Editora
Projetos de investigação
Unidades organizacionais
Fascículo
Resumo
O selénio foi descoberto em 1817, e nessa altura foi considerado com uma causa de problemas para a saúde do homem, isto durante mais de um século. Foi em 1950 que este elemento foi considerado como um mineral essencial, e desde então que os trabalhos sobre ele se sucedem, o que o classifica hoje de elemento indispensável na dieta. O consumo de selénio evita diversas anormalidades em vários órgãos, nomeadamente no fígado, no cérebro, no coração, no músculo estriado e no pâncreas, estando ainda ligado a doenças crónicas, como a asma e a anemia hemolítica. O seu consumo em quantidades ditas óptimas tem efeitos positivos na prevenção de cancro e de doenças cardíacas e ainda na inibição de infecções virais e progresso da SIDA. No entanto, tomado em excesso torna-se tóxico, tornando o cabelo e as unhas mais frágeis, podendo mesmo causar a sua queda. Em doses excessivas causa ainda distúrbios gastrointestinais, erupção cutânea, provoca hálito a alho, cansaço e a formação de ROS (Reactive Oxygen Species), que provocam a oxidação do DNA, a quebra da cadeia dupla e morte da célula. Existindo o selénio sob a forma orgânica e inorgânica, pretendeu-se com este trabalho estudar a biodisponibilidade deste elemento em diferentes órgãos após o consumo de selénio orgânico, proveniente de um cogumelo (Agaricus bisporos) e por outro lado, de selénio inorgânico, no caso presente o selenato. Foram para isso utilizados 24 ratos, divididos em 3 grupos de 8 animais. O primeiro grupo (Grupo C – Controle) viu o selénio inibido da sua dieta; o segundo grupo (Grupo A – Agaricus) teve uma dieta enriquecida com selénio orgânico, ou seja, com o cogumelo; o terceiro grupo (Grupo S – Selenato) consumiu uma dieta enriquecida com selénio inorgânico, neste caso, selenato. Após os 30 dias da actividade, foi determinada a concentração de selénio em diversos órgãos dos animais (fígado, rim, coração, testículo, cérebro) e ainda no músculo, sangue (soro e coágulo), na urina e nas fezes. Foram ainda avaliadas algumas actividades de enzimas antioxidantes (superóxido dismutase e catalase) e ainda os níveis de glutationa reduzida, pretendendo-se assim avaliar se a biodisponibilidade de selénio presente no cogumelo é superior à do selénio inorgânico, podendo substituir os suplementos de selénio, e verificar se essa biodisponibilidade melhora alguns parâmetros fisiológicos e bioquímicos.
The selenium has been discovered in 1817, being considered as a health problem for over a century. In 1950, this element was considered an essential mineral and since then, studies have been carried out to the point that today, selenium is considered indispensable in diet. The selenium consumption avoids several anomalies in the internal organs, in particular the liver, the brain, the heart, the striated muscle and in the pancreas, and it can be attached to chronic diseases like asthma and hemolytic anemia. Its consumption in optimal conditions has positive effects in cancer prevention, heart diseases and inhibits viral infections and HIV progression. However, when taken in high quantities it can be toxic and as a consequence, the hair and nails become more fragile and could fall. In excessive dosage, it could cause gastrointestinal disorders, rash, garlic breath, fatigue and formation of Reactive Oxygen Species (ROS), which causes the oxidation of ADN which leads to cell disruption causing their death. The selenium exists in the organic and inorganic form; the intention of this research was to study its bioavailability in different organs after the consumption of the organic selenium from a mushroom specie named Agaricus bisporos and, by other side, the study of the inorganic selenium was also performed in the form of selenate. In order to carry out this research it has been used twenty-four mice, divided by three groups of eight animals each. The first group (Group C - Control), in which the selenium was removed from their diet; the second (Group A - Agaricus), had enriched diet with organic selenium; the third group (Group S – Selenate) had a enriched diet with inorganic selenium, in this case, selenate. After thirty days, the concentration of selenium in several mice organs (liver, kidney, testicle and brain) was determined. Moreover, the selenium was also determined in the muscle, blood (serum and clot), urine and faeces. The activity of antioxidant enzymes (superoxide dismutase and catalase) and levels of reduced glutathione were evaluated. This evaluation had the purpose to verify if the bioavailability of selenium is higher in the organic form rather than in the inorganic form, and know if it may replace the selenium supplements, and see if this bioavailability improves some physiological and biochemical parameters.
Le sélénium à été découvert en 1817, ayant été à cette époque considéré comme une des causes de certains problèmes pour la santé, ceci pendant plus d’un siècle. C’est en 1950 que cet élément à été considéré comme un minéral essentiel et depuis, beaucoup de travail sur le sujet ont été réalisé, ce qui le classifie aujourd’hui d’élément indispensable dans notre alimentation. La consommation de sélénium évite diverses anomalies sur divers organes, notamment le foie, le cerveau, le coeur, le muscle strié e le pancréas, étant aussi lié à certaines maladies chroniques, comme l’asthme e l’anémie hémolytique. Sa consommation en quantités dites optimales à des effets positifs dans la prévention de cancer e de maladies cardiaques, mais aussi dans l’inhibition d’infections virales e du progrès du SIDA. Cependant, pris en doses excessives, il devient toxique, rendant les cheveux et les ongles fragiles, pouvant même causer leurs chutes. En doses excessives, il peut aussi causer des troubles gastro-intestinaux, éruption cutanée, haleine d’ail, fatigue e formation de ROS (Reactive Oxygen Species), qui provoquent l’oxydation de l’ADN, ce qui va briser l’hélice et provoquer la mort de la cellule. Vu que le sélénium existe sous la forme organique et inorganique, on à prétendu avec ce travail étudier la biodisponibilité de cet élément dans différents organes après la consommation de sélénium organique, provenant d’un champignon (Agaricus bisporos) et d’un autre coté, de sélénium inorganique, le sélénate. Pour cela, 24 rats ont été utilisés, diviser en 3 groupes de 8 animaux. Le premier groupe (Groupe C – Contrôle) n’a pas eu de sélénium dans son alimentation; le deuxième groupe (Groupe A – Agaricus) à eu une alimentation enrichie en sélénium organique, provenant donc du champignon; le troisième groupe (Groupe S – Sélénate) à eu une alimentation enrichie en sélénium inorganique, du sélénate. Après les 30 jours de l’activité, les concentrations en sélénium de divers organes (foie, rein, coeur, testicule, cerveau) mais encore dans le muscle, sang (sérum et caillot), urine et fèces ont été déterminé. Certaines activités d’enzymes antioxydants (superoxyde dismutase et catalase) ont aussi été évalué, et encore les niveaux de glutathion, prétendant ainsi vérifier si la disponibilité du sélénium présent dans le champignon é supérieure à celle du sélénium inorganique, pouvant être un substitut des suppléments de sélénium, et vérifier si cette biodisponibilité améliore certains paramètres physiologiques et biochimiques.
Descrição
Dissertação de Mestrado em Biologia Clínica Laboratorial
Palavras-chave
Citação