Osteotomia tripla da tíbia na resolução da rotura do ligamento cruzado cranial em canídeos

Data
2015
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Resumo
O ligamento cruzado cranial (LCCr) e o principal estabilizador do joelho, sendo a sua rotura uma das principais causas de claudicação do membro pélvico na espécie canina. A rotura tanto pode ser traumática como degenerativa, representando esta última a maioria do casos. Pode ocorrer em animais de qualquer tamanho, idade ou raça, embora seja mais comum em jovens de raças grandes. O diagnóstico é feito com base num historial de claudicação, anamnese e exame ortopédico, e é confirmado por exames de diagnóstico específicos (Raio-x, artroscopia). O tratamento inclui sempre terapêutica médica mas em grande parte dos casos revela-se necessário tratamento cirúrgico, estando descritas para o efeito diversas técnicas cirúrgicas. Não existe contudo um consenso sobre a melhor técnica cirúrgica para o tratamento da rotura do ligamento cruzado cranial (RLCCr). A Osteotomia tripla da tíbia (TTO) é a técnica mais atual e baseia-se no conceito biomecânico de eliminar o deslocamento tibial cranial durante o apoio de carga, tornando a mesa tibial perpendicular ao tendão patelar. Este trabalho tem por objetivo analisar os resultados e as complicações da técnica TTO. Para o efeito foram revistas as fichas clínicas e imagens radiográficas de 21 cães diagnosticados com RLCCr que foram submetidos a TTO no HVTM, na última década. Perante a análise dos resultados verificou-se que a média do ângulo da cunha óssea retirada foi de 20,3º o que revela uma limitação dos instrumentos disponibilizados para a medição do ângulo de corte, que apenas tem gradação até 20º, perdendo-se precisão na medição para valores superiores. Os restantes resultados e complicações obtidos neste trabalho foram semelhantes aos encontrados na literatura e confirmam que podem ser esperados bons resultados quando a RLCCr é tratada com a técnica TTO.
Cranial cruciate ligament rupture (CCLR) is a very common cause of pelvic limb lameness in dogs. It can be caused either by trauma or as a degenerative process. Active young dogs of large breeds seem to have higher predisposition to CCLR. Diagnosis is based in history of lameness, anamnesis and other specific diagnostic tools (X-ray, arthroscopy). Medical treatment is always an option but several cases need surgery. A wide range of surgery procedures are described, but there is a lack of consensus about what is the best technical procedure. Triple tibial osteotomy (TTO) is one of the most recent techniques for treatment of CCLR. With this procedure we can eliminate the cranial tibial thrust during the stance phase of the gait, by aligning the patellar tendon perpendicular to the tibial plateau. This retrospective study was designed to evaluate the benefits and complications of TTO. For this purpose, the records of 21 consecutive cases that had a TTO performed in Hospital Veterinário de Trás-os-Montes during the last decade were reviewed. After a careful analysis of database, we verified that the average of wedge osteotomy angle was 20,3º. This results revealed a limitation on the specific material design for this technique which has a limited cut angle of 20º, causing inaccuracy when performing a TTO. The other results and complications of this technique were in concordance with the literature data. TTO seems to be a good procedure to treat CCLR.
Descrição
Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária
Palavras-chave
Cães , Ligamento cruzado cranial , Rotura , Osteotomia tripla da tíbia (TTO)
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