Efeito do tempo de recuperação entre séries na função muscular de uma sequência de exercícios de treino de força para o peitoral maior

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2017-12-20
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Resumo
A linha de pensamento dos recentes estudos mostra que, o intervalo de descanso entre séries, independente de outras variáveis prescritivas, têm efeitos significativos sobre as respostas neuromusculares, no sistema endócrino, nas respostas cardiorrespiratórias e na função muscular. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo observar qual o tempo de recuperação ideal entre séries e exercícios que permitisse manter a função de exercícios com a carga inicial previamente prescrita. Para o efeito, 30 jovens, caucasianos, recreacionalmente treinados em TF, com uma média de idade de 22,87±2,06 anos, foram submetidos a 3 sessões experimentais, realizando uma sequencia de TF (Supino Reto com Barra (SUP), Supino Inclinado com Barra (SUPI) e Abertura Peitoral Horizontal com Halteres (ABP) nos parâmetros de 3 séries de 8 Repetições Máximas, separados entre si por 7 dias. As sessões experimentais diferenciaram no tempo de descanso, que foi escolhido aleatoriamente (60s, 90s, 120s), sendo que cada tempo descanso só foi utilizado uma única vez. A função muscular foi avaliada através da contabilização do número de repetições realizadas em cada série. Foram observados números de repetições significativamente superiores com o uso de um tempo de descanso de 120s em relação ao tempo de descanso de 90s ((p=0,004 (IC 95% = 0,18 – 1,15)), números de repetições significativamente superiores com o uso de um tempo de descanso de 120s em relação ao tempo de descanso de 60s (p=0,001 (IC 95% = 0,37 – 1,57)) e ainda números de repetições significativamente superiores com o uso de um tempo de descanso de 90s em relação ao tempo de descanso de 60s (p<0,0001 (IC95% = 0,94 – 3,06). 120s foram suficientes para manter a função muscular e realizar a totalidade do número de repetições. Os dados do presente estudo parecem evidenciar que para a metodologia de TF aqui aplicado, não é apropriado assumir que uma determinada intensidade relativa se traduzirá num número de repetições similar em diferentes exercícios, especialmente com intervalos de descanso mais curtos como 60 e 90s.
The objective of the present study was to observe the ideal recovery time between sets and exercises for the chest, which allowed maintaining the muscle function with the initial load previously established. 30 young man recreationally trained in strength training (ST) were submitted to 3 experimental sessions, performing a ST sequence with 3 sets of 8RM: Chest Barbell Press (CBP), Inclined chest barbell press (ICBP) and Chest Butterfly (CF). The experimental sessions differed in rest time between sets performed (60s, 90s, 120s). Significantly higher numbers of repetitions were observed with the rest time of 120s relative to the rest time of 90s (p=0,004), 120s in relation to the rest time of 60s (p=0,001) and still in the rest interval of 90s in relation to the rest time of 60s (p<0,0001). 120s were sufficient to maintain muscle function and perform the total number of repetitions per set. The data seem to show that for the ST methodology applied, it is not appropriate to assume that a certain relative intensity will translate into a similar number of repetitions in different exercises, especially with shorter rest intervals such as 60 and 90s.
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Palavras-chave
Treino de Força , Função Muscular , Tempo de Recuperação , Número de Repetições , Séries
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