Efeito de séries com repetições em reserva e repetições máximas na performance desportiva em jovens basquetebolistas

Data
2019-01-18
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Resumo
O objetivo deste estudo foi perceber as alterações na força máxima, potência muscular, impulsão vertical, velocidade e mudanças de direção após um programa de treino centrado em séries de repetições máximas e em séries com repetições em reserva. Catorze atletas de basquetebol do género feminino de nível regional participaram voluntariamente no estudo (idades: 15,8±1,3 anos; Altura=168,4±4,5 cm; peso=60,2±6,0 kg; experiência basquetebolística=4,0±2,8 anos; experiência treino de força=1,5±1,1 anos). Os participantes foram agrupados aleatoriamente em dois grupos da seguinte forma: Grupo de repetições em reserva (RER, n=7) e Grupo de repetições máximas (RM, n=7). Para além das 4 sessões semanais de basquetebol os participantes realizaram também um programa de treino de força duas vezes por semana, durante 8 semanas. Ambos os grupos realizaram o mesmo programa de treino, no entanto, o grupo RM realizou séries de 10 repetições máximas e o grupo RER séries de 7 com 3 repetições em reserva. Para controlar o número de repetições em reserva foi utilizada a Repetitions in Reserve-Based Rating of Perceived Exertion Scale for Resistance Training. Antes e depois da intervenção foram recolhidos dados de força máxima e potência muscular no agachamento e supino, impulsão vertical, velocidade e aceleração e mudanças de direção. Os dados recolhidos foram analisados usando a abordagem de inferência baseada na magnitude do efeito; para perceber a existência de diferenças estatisticamente significativas dentro do grupo foi realizado um teste-t em pares e para examinar as diferenças entre grupos foi realizada uma análise de variâncias (One-way ANOVA). A análise entre grupos revelou que o grupo RER obteve efeitos grandes a muitos grandes na repetição máxima do supino (ES:1,80±0,39), efeitos moderados a grandes no salto com contramovimento (ES:1,54±0,53; p≤0,01), squat jump (1,19±0,51; p≤0,01), abalakok jump (1,78±0,69; p≤0,01), repetição máxima de agachamento (1,02±0,26; p≤0,01), produção de potência no agachamento (0,94±0,28; p≤0,01) e efeitos pequenos a grandes na produção de potência no supino (1,13±0,60; p≤0,01). O grupo RM obteve efeitos insignificantes a grandes no abalakok jump (ES:0,72±0,54; p≤0,05) e no T-test (0,78±0,65; p≥0,05), efeitos insignificantes a moderados no salto com contramovimento (0,42±0,30; p≤0,05), squat jump (0,36±0,32; p≥0,05), 20m (0,25±0,42; p≥0,05), repetição máxima de agachamento (0,65±0,12 p≥0,01) e produção de potência no agachamento (0,50±0,58; p≥0,05). No que diz respeito à análise entre grupos, o grupo RER demonstrou diferenças estatisticamente significativas no salto com contramovimento, repetição máxima de agachamento, produção de potência no agachamento e supino e, ainda, efeitos pequenos a grandes na produção de potência no agachamento e supino (ES: 0,91±0,57; ES:1,05±0,73, respectively) e efeitos pequenos a moderados no salto com contramovimento (ES:0,64±0,52) quando comparado com o grupo RM. Concluímos que os níveis de força máxima podem ser melhorados através da utilização de ambas as abordagens. Finalmente, para o desenvolvimento da potência o treino com repetições em reserva mostrou-se superior.
The aim of this study was to assess changes in maximal force, maximal power output, jumping, sprinting and change of direction using sets with repetitions to failure and repetitions in reserve in young female basketball players. Fourteen regional level basketball players participated voluntarily in the study (age = 15,8±1,4 years; height = 168,4±4,5 cm; body mass = 60,2±6,0 kg; basketball experience = 4,0±2,8 years; strength training experience = 1,5±1,1 years). The participants were randomly assigned into two experimental groups: repetitions in reserve group (RER, n=7) and repetitions maximum group (RM, n=7). All subjects done their normal 4 sessions per week of basketball training along with a 8- week general strength training program, 2 times per week. Both groups done the same training program but, the RM group did sets of 10 repetitions maximum and the RER group did sets of 7 with 3 repetitions in reserve (RPE 7). To control the repetitions in reserve we used RIR-based RPE scale. Before and after intervention, back squat and bench press one repetition maximum and maximal power output, jumping, acceleration, velocity, and change of direction were assessed. The results were analyzed using the magnitude-based inference approach and to assess significant differences within-group we made a paired T-test and a One-way ANOVA to analyze the differences between groups. Whitin-group analysis showed that RER group had large to very large effects on bench press repetition maximum (ES:1,80±0,39) moderate to large effects on countermovement jump (ES:1,54±0,53; p≤0,01), SJ (1,19±0,51; p≤0,01), abalakov jump (1,78±0,69; p≤0,01), back squat repetition maximum (1,02±0,26; p≤0,01), power output back squat (0,94±0,28; p≤0,01) and small to large effects on power output bench press (1,13±0,60; p≤0,01). RM group showed trivial to large effects on abalakov jump (ES:0,72±0,54; p≤0,05) and T-test (0,78±0,65; p≥0,05) and trivial to moderate effects on countermovement jump (0,42±0,30; p≤0,05), squat jump (0,36±0,32; p≥0,05), 20m sprint (0,25±0,42; p≥0,05), back squat repetition maximum (0,65±0,12 p≥0,01) and back squat power output (0,50±0,58; p≥0,05). In between-groups analysis, RER group showed statistically significant differences in countermovement jump, bench press repetition maximum, power output back squat and bench press and, small to large effects on back squat and bench press power output (ES: 0,91±0,57 ; ES:1,05±0,73, respectively) and small to moderate effects on CMJ (ES:0,64±0,52) when compared with RM group. We conclude that strength gains can be achieved by both approaches. On the other hand, not failure training showed to be more effective on developing power output.
Descrição
Dissertação de Mestrado em Ciências do Desporto com especialização em jogos desportivos coletivos apresentada à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Palavras-chave
Força máxima , potência muscular , aceleração , velociade , mudanças de direção
Citação