A Sintaxe na ‘primeira’ Gramática Humanista em Portugal
Data
2019-07-18
Autores
Fernandes, Gonçalo
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Editora
Publicaciones de la Universitat de València
Resumo
Neste estudo analisamos os principais conceitos relativos à sintaxe – concórdia, regência e transitividade –, naquela que é considerada a primeira gramática humanista publicada em Portugal, a Noua grammatices marie matris dei virginis ars (Lisboa 1516) de Estêvão Cavaleiro (c.1460–c.1518). Cavaleiro dedica dois livros à sintaxe, o terceiro, «de octo dictionum syntaxi», e o quinto, «de syntaxeos praeceptis», onde se denotam muitas influências da gramática especulativa medieval e indiciam ter sido escritos para diferentes níveis de ensino-aprendizagem. Cavaleiro introduz questões ‘semânticas’ ou filosóficas à sua análise sintática, considerando que a construção dos dois membros ou constructíveis são usados de acordo com a conveniência ou a proporção dos conceitos da mente ou das emoções que deveriam ser reconhecidas pelo entendimento. Para Cavaleiro, as ações frásicas envolvem dois constructíveis: um estabelece a dependência (o ‘dependente’) e o outro termina essa dependência (o ‘terminante’). Assim, se o primeiro constructível for o dependente, a construção é transitiva, isto é, a regência, que é divisível em duas espécies, a recíproca e a retransitiva, mas, se o dependente for o segundo constructível, a construção é intransitiva, isto é, a concordância.
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Citação
Fernandes, Gonçalo. 2019. “A Sintaxe na ‘primeira’ Gramática Humanista em Portugal.” Estudios lingüísticos en Homenaje a Emilio Ridruejo, ed. by Antonio Briz, M.ª José Martínez Alcalde, Nieves Mendizábal, Mara Fuertes Gutiérrez, José Luis Blas, Margarita Porcar, 427-437. València: Publicaciones de la Universitat de València.